Alúria Life

Envelhecimento e Obesidade

No Brasil, a população idosa em 1970 correspondia a 4,95%, percentual que chegou a 11% em 2010, já de 2012 a 2018 a população brasileira com 65 anos de idade ou mais cresceu 26% (IBGE, 2019).

Com o aumento da expectativa de vida, observa-se também algumas mudanças no perfil de saúde, neste contexto epidemiológico, idosos que apresentam excesso de peso, principalmente obesidade central tem maior predominância a ocorrência ou agravamento das doenças crônicas não transmissíveis.

Entre os idosos, as alterações fisiológicas pertinentes do processo de envelhecimento, como, por exemplo, o declínio da altura (aproximadamente 2-4cm ao longo da vida, comparado à altura máxima), causado por compressão vertebral e perda do tônus muscular, a redução da massa muscular devido à sua transformação em gordura intramuscular e, principalmente, a modificação na quantidade e distribuição do tecido adiposo subcutâneo, com acúmulo na região abdominal, representam diferenciações entre adultos e idosos e demonstra a necessidade de um cuidado maior com a alimentação nesta fase da vida.

No Brasil a obesidade já é mais comum do que a desnutrição na população em geral, mais da metade da população, 55,7% tem excesso de peso e o número de obesos no país aumentou 67,8% entre os anos de 2006 a 2018, é o que aponta a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), de 2018, do Ministério da Saúde.

A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo e sua etiologia é complexa e multifatorial, sendo resultado da interação de ambiente, estilo de vida, fatores emocionais e genética.

A prevalência de obesidade tem aumentado significativamente nas diversas populações do mundo, incluindo o Brasil, devido ao potente estímulo do ambiente moderno, onde houve diminuição dos níveis de atividade física e aumento da ingestão calórica, vindo principalmente de alimentos ultraprocessados, ricos em gordura, sódio e açucares (ABESO, 2016.; WHO, 2015).

Uma vida longeva e saudável é possível mediante mudanças de hábitos de vida, que construídos diariamente favorecem a um retardo no envelhecimento ou o seja a um envelhecer com qualidade de vida, beleza, disposição e saúde.

 

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